Papa autoriza decretos de 15 Servos de Deus e um Beato
Bollettino della Sala Stampa della Santa Sede
(tradução de Leonardo Meira - equipe CN Notícias)
Durante a Audiência, o Sumo Pontífice autorizou a Congregação a promulgar os Decretos a seguir:
- um milagre, atribuído à intercessão do Beato Luigi Guanella, sacerdote fundador da Congregação dos Servos da Caridade e do Instituto das Filhas de Santa Maria da Providência; nascido em Fraciscio (Itália) em 19 de dezembro de 1842 e falecido em Como (Itália) em 27 de setembro de 1915;
- um milagre, atribuído à intercessão do Venerável Servo de Deus Giustino Maria Russolillo, sacerdote pároco de Pianura e fundador da Sociedade das Divinas Vocações; nascido em Pianura (Itália) em 18 de janeiro de 1891 e ali morto em 2 de agosto de 1955;
- um milagre, atribuído à intercessão da Venerável Serva de Deus Maria Serafina do Sagrado Coração de Jesus (no século: Clotilde Micheli), fundadora do Instituto das Irmãs dos Anjos; nascida em Imèr (Itália) em 11 de setembro de 1849 e falecida em Faicchio (Itália) em 24 de março de 1911;
- um milagre, atribuído à intercessão da Venerável Serva de Deus Alfonsa Clerici, Irmã professa da Congregação das Irmãs do Preciosíssimo Sangue de Monza; nascida em Lainate (Itália) em 14 de fevereiro de 1860 e falecida em Vercelli (Itália) em 14 de janeiro de 1930;
- um milagre, atribuído à intercessão da Venerável Serva de Deus Cecilia Eusepi, da Terceira Ordem Secular dos Servos de Maria; nascida em Monte Romano (Itália) em 17 de fevereiro de 1910 e falecida em Nepi (Itália) em 1º de outubro de 1928;
- o martírio do Servo de Deus Giovanni Scheffler, Bispo de Satu Mare; nascido em Kálmánd (Hungria) em 29 de outubro de 1887 e falecido em Bucareste (Romênia) em 6 de dezembro de 1952;
- o martírio dos Servos de Deus Giuseppe Maria Ruiz Cano, Jesús Annibale Gómez, Tommaso Cordero e 13 Companheiros, da Congregação dos Missionários Filhos do Coração Imaculado da Beata Virgem Maria; assassinados, devido ao ódio pela fé, durante a perseguição religiosa na espanha, em 1936;
- o martírio dos Servos de Deus Carmelo Maria Moyano Linares e 9 Companheiros, da Ordem Carmelitana; assassinados, devido ao ódio pela fé, durante a perseguição religiosa na espanha, em 1936;
- o martírio dos Servos de Deus Giovanni Prassek e 2 Companheiros, sacerdotes diocesanos, assassinados, devido ao ódio pela fé, em Amburgo (Alemanha), em 1943;
- o martírio da Serva de Deus Margherita Rutan, Irmã professa da Congregação das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paula; nascida em Metz (França) em 23 de abril de 1736 e assassinada em Dax (França) em 9 de abril de 1794;
- as virtudes heroicas do Servo de Deus Basilio Martinelli, sacerdote professo da Congregação das Escolas da Caridade (Instituto Cavanis); nascido em Calceranica (Itália) em 27 de dezembro de 1872 e falecido em Possagno (Itália) em 16 de março de 1962;
- as virtudes heroicas da Serva de Deus Maria Antonia di San Giuseppe (no século: Maria Antonia de Paz y Figueroa), fundadora do Beatério dos Exercícios de Buenos Aires; nascida em Silípica ou em Santiago del Estero (Argentina) em 1730 e falecidade em Buenos Aires em 7 de março de 1799;
- as virtudes heroicas da Serva de Deus Maria (no século: Casimira Kaupas), fundadora da Congregação das Irmãs de São Casimiro; nascida em Gudeliai (Lituânia) em 6 de junho de 1880 e falecidade em Chicago (Estados Unidos da América) em 17 de abril de 1940;
- as virtudes heroicas da Serva de Deus Maria Luisa (no século: Gertrude Prosperi), Abadessa do Mosteiro da Ordem de São Bento de Trevi; nascida em Fogliano (Itália) em 19 de agosto de 1799 e falecida em Trevi (Itália) em 12 de setembro de 1847;
- as virtudes heroicas da Serva de Deus Maria Teresa (no século: Maria Carmen Albarracín), religiosa professa das Religiosas de Maria Imaculada - Missionárias Claretianas; nascida em Puerto de Mazarrón (Espanha) em 1° de maio de 1927 e falecida em Barcelona (Espanha) em 12 de março de 1946;
- as virtudes heroicas da Serva de Deus Maria Plautilla (no século: Lucia Cavallo), religiosa professa das Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade; nascida em Roata Chiusani (Itália) em 18 de novembro de 1913 e falecida em Gênova (Itália) em 5 de outubro de 1947.
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SEMANA SOCIAL PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA
- DOMINGO 30/05: Abertura às 19:00 horas com missa na sede da paróquia envolvendo todas as comunidades.
- SEGUNDA 31/05: Palestra com o tema SAÚDE na capela da Vila Marcela.
- TERÇA 01/05: Palestra com debate da sede da paróquia Nossa Senhora Aparecida. Tema: Violência e Desemprego.
- QUINTA 03/06: Misssa de Corpus Christi em cada comunidade
- SEXTA 04/06: Missa na Matriz da paróquia com o tema 'quem serve ao dinheiro abandona a saúde pública'
- SABADO 05/06: Caminha no bairro envolvendo caetquese, pastoral da juventude e escolas
- DOMINGO 06/06: Carreata e missa de encerramento no bairo Loteamento Recife
Carta do papa à Igreja na Irlanda
Carta do papa à Igreja na Irlanda
Notícias da Igreja
22-03-2010
Em carta apostólica aos católicos da Irlanda, o papa Bento XVI, pediu perdão às vítimas dos abusos cometidos por padres pedófilos no país, advertiu aos sacerdotes que eles responderão por seus crimes "perante Deus e os tribunais" e ordenou uma inspeção nas dioceses e seminários onde foram registrados os casos de violência sexual.
A carta foi divulgada no sábado, 20, pelo Vaticano. O Sumo Pontífice condenou os bispos da Irlanda pela "lamentável" forma como trataram as denúncias e manifestou seu "alento, apoio e solidariedade" às centenas de menores abusados durante anos por religiosos naquele país.
Sem procurar desculpa alguma
"Queridos irmãos, escrevo com grande preocupação, como pastor da Igreja universal. Assim como vocês, estou profundamente consternado com as notícias de abusos contra crianças e jovens indefesos cometidos por membros da Igreja, especialmente sacerdotes e religiosos..."
Assim Bento XVI inicia sua carta que é "direta, de estilo simples e com frases fortíssimas", segundo afirma o porta-voz vaticano, Federico Lombardi.
No texto onde o papa "não busca obter desculpa alguma", de acordo com o porta voz do Vaticano Federioco riLombardi, o pontífice afirmou que "compartilha" o "desgosto e o sentimento de traição" que muitos irlandeses experimentaram ao tomar conhecimento "desses atos pecaminosos e criminosos e da forma como estes foram enfrentados pelas autoridades da Igreja na Irlanda".
"Levando em conta a gravidade destes delitos e a resposta frequentemente inadequada" dada pelos prelados irlandeses, recebidos três vezes no Vaticano, Bento XVI afirma que "decidiu" escrever a carta "para expressar solidariedade e propor um caminho de cura, renovação e reparação".
Interpretação errônea do Concílio e formação
O Santo Padre atribui os abusos também ao fato de que, após o Concíolio Vaticano II, ter surgido uma tendência “motivada por boas intenções, mas equivocada, de evitar os enfoques penais para situações canonicamente irregulares”.
Forma “inadequada” como é feita a seleção de candidatos ao sacerdócio e a insuficiente formação humana, moral, intelctual e espiritual nos seminários também foram citadas pelo papa.
Dirigindo-se às vítimas
Na carta, escrita "com palavras que saem do coração", Bento XVI dirigiu-se às vítimas dos abusos, às suas famílias, aos padres pedófilos, aos bispos irlandeses, aos jovens, aos pais e a todos os fiéis da Irlanda. "Vocês sofreram dolorosamente e peço perdão. Sei que nada pode apagar o mal que suportaram. A confiança de vocês foi traída e vossa dignidade, violada", afirmou, para depois continuar afirmando que quando os casos foram denunciados, inicialmente "ninguém quis escutar", por isso, "diante do ocorrido, é compreensível que (para as vítimas) seja difícil perdoar ou se reconciliar com a Igreja".
"Em seu nome (da Igreja), expresso abertamente a vergonha e o remorso que todos nós sentimos. Sei que, para alguns de vocês, chega a ser difícil entrar em uma igreja após o que aconteceu. Peço-lhes que não percam a esperança", afirmou com humildade o Santo Padre.
Palavras duras
Bento XVI direcionou aos padres pedófilos as frases mais duras da carta: "Vocês traíram a confiança depositada por jovens inocentes e seus pais. Por causa disso, terão de responder perante Deus e perante os tribunais devidamente constituídos. Vocês perderam a estima do povo irlandês e lançaram vergonha e desonra sobre vossos semelhantes".
E ainda acrescentou o Papa: "além do imenso dano às vítimas, houve um enorme dano à Igreja e à percepção pública do sacerdócio e da vida religiosa".
Depois, pediu aos padres que façam um exame de consciência, "admitam abertamente sua culpa" e se submetam às exigências da Justiça.
Crítica aos Bispos
Os bispos irlandeses também foram duramente criticados pelo papa: "Não se pode negar que alguns de vocês e de vossos antecessores falharam, às vezes infelizmente, na hora de aplicar as normas do direito canônico para os crimes de abuso contra crianças".
O pontífice ressaltou que foram cometidos "graves erros nas respostas às acusações". Porém, disse que era difícil compreender a magnitude e a complexidade do problema.
Tudo isso, acrescentou, "enfraqueceu gravemente" a credibilidade e a eficácia dos prelados. Portanto, "para remediar os erros e para garantir que estes não voltem a ocorrer", aconselhou, é necessário que os bispos apliquem "plenamente o direito canônico nos casos de abusos contra crianças".
Bento XVI ainda recomendou a que "Continuem cooperando com as autoridades civis" e defendeu a "constante atualização" das normas para que a segurança dos menores esteja sempre garantida.
Além disso, o Papa anunciou que ordenará uma inspeção nas dioceses, seminários e congregações religiosas onde foram registrados casos de pedofilia, com o objetivo de renová-las.
* A Seicho-no iê e a fé cristã. Existem compatibilidades?
Os pontos principais da sua crença são:
- A matéria não tem existência real. Só existe a realidade espiritual. Para Taniguchi, tudo o que acontece no mundo material é mero reflexo da mente. Ora, isto é fantasia; o mundo é real, a matéria é real e pode ser submetida a experiências físicas e químicas.
- O mal não existe, é pura ilusão e produto da mente humana; portanto, a doença não existe, de forma que para quem cultiva o pensamento positivo todas as doenças desaparecem, e a felicidade é possível.
Ora, isto é outra fantasia. É claro que é importante o pensamento positivo, mas não se pode exagerar e achar que ele resolve todos os problemas e doenças. Se fosse assim, os hospitais estariam vazios e os médicos e psiquiatras não teriam tantos problemas.
- O pecado também não existe; é irreal, é pura ilusão. Taniguchi acha que um dos maiores males do homem é o fato de este se considerar pecador.
É aqui que esta “religião” bate de frente com o Cristianismo, já que Cristo veio para “tirar o pecado do mundo” (Jo 1, 29). Portanto, se o pecado não existe, para que Jesus Cristo? Desprezando-se o pecado, despreza-se Jesus Cristo, despreza-se o Cristianismo.
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos mostra toda a gravidade do pecado:
“Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave do que o pecado, e nada tem conseqüências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro” (CIC § 1488). São palavras fortíssimas que mostram que não há nada pior do que o pecado.
O parágrado 386 desta mesma obra diz: “O pecado está presente na história do homem: seria inútil tentar ignorá-lo ou dar a esta realidade obscura outros nomes. Para tentarmos compreender o que é o pecado, é preciso antes de tudo reconhecer a ligação profunda do homem com Deus, pois fora desta relação o mal do pecado não é desmascarado em sua verdadeira identidade de recusa e de oposição a Deus, embora continue a pesar sobre a vida do homem e sobre a história”.
São Paulo, numa frase lapidar, explica toda a hediondez do pecado e razão de todos os sofrimentos deste mundo: “O salário do pecado é a morte” (Rom 6,23).
Tudo o que há de mau na história do homem e do mundo é conseqüência do pecado, que começou com Adão. “Por meio de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, e assim a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rom 5,12).
O Catecismo diz com toda a clareza: “A morte é conseqüência do pecado. Intérprete autêntico das Sagradas Escrituras e da Tradição, o Magistério da Igreja ensina que a morte entrou no mundo por causa do pecado do homem” (CIC §1008).
O Catecismo também ensina que: “A morte corporal, à qual o homem teria sido subtraído se não tivesse pecado (GS,18), é assim o último inimigo do homem a ser vencido” (1Cor 15, 26).
Santo Agostinho dizia que: “O homem se faz réu do pecado no mesmo momento em que se decide a cometê-lo”. Sintetizava tudo afirmando que “pecar é destruir o próprio ser e caminhar para o nada”. E revela, em muitas coisas, algo sobre si mesmo nas “Confissões”: “Eu pecava, porque em vez de procurar em Deus os prazeres, as grandezas e as verdades, procurava-os nas suas criaturas: em mim e nos outros. Por isso precipitava-me na dor, na confusão e no erro”.
Toda a razão de ser da Encarnação do Verbo foi para destruir, na sua carne, a escravidão do pecado.
“Como imperou o pecado na morte, assim também imperou a graça por meio da justiça, para a vida eterna, através de Jesus Cristo, nosso Senhor”. (Rom 5,21)
O demônio escraviza a humanidade com a corrente do pecado. Jesus veio exatamente para quebrar essa corrente. São João deixa bem claro na sua carta: “Sabeis que Ele se manifestou para tirar os pecados” (1Jo 3,5). “Para isto é que o Filho de Deus se manifestou, para destruir as obras do diabo” (1 Jo 3,8). Essa “obra do diabo” é exatamente o pecado, que nos separa da intimidade e da comunhão com Deus e nos rouba a vida bem-aventurada.
Jesus, significa, em hebraico, “Deus salva”. Salva dos pecados e da morte. Na Anunciação, o Anjo disse a Maria: “(…) lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1, 31). A José, o mesmo Anjo revela: “Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1, 21).
A salvação se dá pelo perdão dos pecados; e já que “só Deus pode perdoar os pecados” (Mc 2, 7), Ele enviou o Filho d’Ele para salvar o seu povo dos seus pecados.
“Foi Ele que nos amou e enviou-nos seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados” (1Jo 4,10). “Este apareceu para tirar os pecados” (1Jo 3,5).
O Catecismo da Igreja Católica lembra que “foram os pecadores como tais os autores e como que os instrumentos de todos os sofrimentos por que passou o divino Redentor” (CIC § 598).
Jesus é o Servo de Javé sofredor, que se deixa levar silencioso ao matadouro como se fosse uma ovelha muda (cf. Is 53,7; Jr 11,19), e carrega os pecados das multidões (cf. Is 53, 12) e toda sua vida se resumiu em “servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10,45). “Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramado por muitos para a remissão dos pecados” (Mt 26,28).
A primeira coisa que Jesus fez, no dia da sua Ressurreição, foi enviar os Apóstolos para perdoar os pecados. “Como o Pai me enviou, eu vos envio a vós… Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 22-23).
Isto mostra que a grande missão de Jesus era, de fato, “tirar o pecado do mundo”, e Ele não teve dúvida de chegar até a morte trágica para isso. Agora, vivo e ressuscitado, vencedor do pecado e da morte, por meio do ministério da Igreja, dá o perdão a todos os homens.
Logo, a Seicho-No-Iê não se coaduna de forma alguma com a fé cristã e a nega naquilo que é mais essencial: a Redenção do mundo pela Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, não pode ser seguida por nenhum católico, mesmo que aparentemente tenha muitas coisas boas e bonitas.
Muitos católicos – que não conhecem bem a doutrina católica – às vezes são iludidos com a Seicho-No-Iê por conta de suas frases e pensamentos bonitos, quando, na verdade, esta doutrina desta nega radicalmente o CristianismoFonte: Prof. Felipe Aquino
Quaresma, tempo para nos tornarmos autênticos cristãos
Papa Bento XVI
CERCO DE JERICÓ - Paróquia Nossa Senhora Aparecida | Vila Eduardo
De onde veio a inspiração paro o “Cerco de Jericó”?No Antigo Testamento, depois da morte de Moisés, Deus escolheu Josué para conduzir o povo hebreu. Deus disse a Josué que atravessasse o Jordão com todo o povo e tomasse posse da Terra Prometida. A cidade de Jericó era uma fortaleza inexpugnável. Ao chegar junto às muralhas de Jericó, Josué ergueu os olhos e viu um Anjo, com uma espada na mão, que lhe deu ordens concretas e detalhadas.
Josué e todo Israel executaram fielmente as ordens recebidas: durante seis dias, os valentes guerreiros de Israel deram uma volta em torno da cidade. No sétimo dia, deram sete voltas. Durante a sétima volta, ao som da trombeta, todo o povo levantou um grande clamor e, pelo poder de Deus, as muralhas de Jericó caíram… (cf. Js 6).
O Santo Padre João Paulo II devia ir à Polônia a 8 de maio de 1979, para o 91º aniversário do martírio de Santo Estanislau, bispo de Cracóvia. Era a primeira vez que o Papa visitava o seu país, sob o regime comunista; era uma visita importantíssima e muito difícil. Aqui começaria a ruína do comunismo ateu e a queda do muro de Berlim.
Em fins de novembro de 1978, sete semanas depois do Conclave que o havia eleito Papa, Nossa Senhora do Santo Rosário teria dado uma ordem precisa a uma alma privilegiada da Polônia: “Para a preparação da primeira peregrinação do Papa à sua Pátria, deve-se organizar na primeira semana de maio de 1979, em Jasna Gora (Santuário Mariano), um Congresso do Rosário: sete dias e seis noites de Rosários consecutivos diante do Santíssimo Sacramento exposto.”
No dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro de 1978), Anatol Kazczuck, daí em diante promotor desses Cercos, apresentou a ordem da Rainha do Céu a Monsenhor Kraszewski, bispo auxiliar da Comissão Mariana do Episcopado. Ele respondeu: “É bom rezar diante do Santíssimo Sacramento exposto; é bom rezar o Terço pelo Papa; é bom rezarem Jasna Gora. Podeis fazê-lo.”
Anatol apresentou também a mensagem de Nossa Senhora a Monsenhor Stefano Barata, bispo de Czestochowa e Presidente da Comissão Mariana do Episcopado. Ele alegrou-se com o projeto, mas aconselhou-os a não darem o nome de “Congresso”, para maior facilidade na sua organização. Então, deu-se o nome de “Cerco de Jericó” a esta iniciativa.
O padre-diretor de Jasna Gora aprovou o projeto, mas não queria que se realizasse em maio por causa dos preparativos para a visita do Santo Padre. Dizia ele: “Seria melhor em abril.” “Mas a Rainha do Céu deu ordens para se organizarem esses Rosários permanentes na primeira semana de maio”, respondeu o Sr. Anatol. O padre aceitou, recomendando-lhe que fossem evitadas perturbações.
A Santíssima Virgem sabia bem que o Cerco de Jericó em maio não iria perturbar a visita do Papa, porque ele não viria. E, logo a seguir, as autoridades recusaram o visto de entrada no país ao Santo Padre, como tinham feito a Paulo VI em 1966. Consternação geral em toda a Polônia! O Papa não poderia visitar a sua Pátria.
Foi, então, com redobrado fervor que se organizou o “assalto” de Rosários. E, no dia 7 de maio, ao mesmo tempo que terminava o Cerco, caíram “as muralhas de Jericó”. Um comunicado oficial anunciava que o Santo Padre visitaria a Polônia de 2 a 10 de junho. Sabe-se como o povo polonês viveu esses nove dias com o Papa, o “seu” Santo Padre, numa alegria indescritível!
No dia de 10 de junho, João Paulo II terminava a sua peregrinação, consagrando, com todo Episcopado polonês, a nação polaca ao Coração Doloroso e Imaculado de Maria, diante de um milhão e quinhentos mil fiéis reunidosem Blonic Kraskoskic. Foi a apoteose!
Depois dessa estrondosa vitória, a Santíssima Virgem ordenou que se organizassem Cercos de Jericó todas as vezes que o Papa João Paulo II saísse em viagem apostólica. “O Rosário tem um poder de exorcismo”, dizem os nossos amigos da Polônia, “ele torna o demônio impotente.”
Por ocasião do atentado contra o Papa, em 13 de maio de 1981, os poloneses lançaram de novo um formidável “assalto” de Rosários e obtiveram o seu inesperado restabelecimento. Mais uma vez, as muralhas de ódio de Satanás se abatiam diante do poder da Ave-Maria.
Em várias partes do mundo estão sendo realizados agora Cercos de Jericó. A 2 de fevereiro de 1986, aquela mesma alma privilegiada recebia outra mensagem da Rainha Vitoriosa do Santíssimo Rosário: “Ide ao Canadá, aos Estados Unidos, à Inglaterra e à Alemanha para salvar o que ainda pode ser salvo.” Nossa Senhora pede que se organizem os Rosários permanentes e os Cercos de Jericó, se queremos ter certeza da vitória.
CIÊNCIA E FÉ: A Igreja aceita a doação de órgãos?
A doação de órgãos é uma forma peculiar de testemunho da caridade. Numa época como a nossa, com frequência marcada por diversas formas de egoísmo, torna-se cada vez mais urgente compreender quanto é determinante para uma correcta concepção da vida entrar na lógica da gratuidade. De facto, existe uma responsabilidade do amor e da caridade que compromete a fazer da própria vida uma doação aos outros, se quisermos verdadeiramente realizar-nos a nós próprios. Como nos ensinou o Senhor Jesus, só aquele que doa a própria vida a poderá salvar (cf. Lc 9, 24)
Os transplantes de tecidos e de órgãos representam uma grande conquista da ciência médica e certamente são um sinal de esperança para tantas pessoas que se encontram em graves, e por vezes extremas, situações clínicas. Se alargarmos o nosso olhar ao mundo inteiro é fácil encontrar os numerosos e complexos casos nos quais, graças à técnica do transplante de órgãos, muitas pessoas superaram fases altamente críticas e foi-lhes restituída a alegria de viver. Isto nunca se poderia ter realizado se o compromisso dos médicos e a competência dos pesquisadores não tivessem podido contar com a generosidade e com o altruísmo de quantos doaram os seus órgãos. O problema da disponibilidade de órgãos vitais para transplante, infelizmente, não é teórico, mas dramaticamente prático; ele é verificável na longa lista de espera de tantos doentes cujas únicas possibilidades de sobrevivência estão ligadas às escassas ofertas que não correspondem às necessidades objectivas.
É útil, sobretudo neste contexto hodierno, voltar a reflectir sobre esta conquista da ciência, para que não se verifique que o multiplicar-se dos pedidos de transplante subverta os princípios éticos que estão na sua base. Como disse na minha primeira Encíclica, o corpo nunca poderá ser considerado um mero objecto (cf. Deus caritas est, 5); desta forma prevaleceria a lógica do mercado. O corpo de cada pessoa, juntamente com o espírito que é dado a cada indivíduo, constitui uma unidade inseparável na qual está impressa a imagem do próprio Deus. Prescindir desta dimensão leva a perspectivas incapazes de captar a totalidade do mistério presente em cada um. É portanto necessário que em primeiro lugar sejam postos o respeito pela dignidade da pessoa e a tutela da sua identidade pessoal. No que se refere à técnica do transplante de órgãos, isto significa que se pode doar unicamente se não se dá origem um sério perigo para a própria saúde e identidade e sempre por um motivo moralmente válido e proporcionado. Eventuais lógicas de compra-venda dos órgãos, assim como a adopção de critérios discriminatórios ou utilitaristas, estariam totalmente em contraste com o significado subentendido da doação que sozinhos se poriam fora de questão, qualificando-se como actos moralmente ilícitos. Os abusos nos transplantes e o seu tráfico, que com frequência atingem pessoas inocentes como as crianças, devem encontrar a comunidade científica e médica imediatamente unidas na sua rejeição como práticas inaceitáveis. Elas devem ser portanto condenadas como abomináveis. O mesmo princípio ético deve ser recordado quando se quer chegar à criação ou destruição de embriões humanos destinados a finalidades terapêuticas. A simples ideia de considerar o embrião como “material terapêutico” contrasta com as bases culturais, civis e éticas sobre as quais se baseia a dignidade da pessoa. Acontece com frequência que a técnica do transplante de órgãos é feita por um gesto de total gratuidade da parte de familiares de doentes dos quais foi certificada a morte. Nestes casos, o consenso informado é condição prévia de liberdade, para que o transplante tenha a característica de uma doação e não seja interpretado como um acto coercitivo ou de exploração. Contudo, é útil recordar que cada órgão vital não pode ser extirpado a não ser ex cadavere, o qual aliás também possui uma sua dignidade que deve ser respeitada. A ciência, nestes anos, fez ulteriores progressos na certificação da morte do doente. É bom, portanto, que os resultados alcançados recebam o consenso de toda a comunidade científica de modo a favorecer a pesquisa de soluções que dêem a certeza a todos. Com efeito, num âmbito como este, não pode haver a mínima suspeita de arbítrio e onde a certeza ainda não for clara deve prevalecer o princípio de precaução. É útil, portanto, incrementar a pesquisa e a reflexão interdisciplinar, de tal modo que a própria opinião pública seja posta diante da verdade mais transparente sobre as implicações antropológicas, sociais, éticas e jurídicas da prática do transplante. Nestes casos, contudo, deve prevalecer sempre como critério principal o respeito pela vida do doador, de modo que a extracção de órgãos só seja consentida no caso da sua morte real (cf. Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 476). O acto de amor que é expresso com a doação dos próprios órgãos vitais permanece como um testemunho genuíno de caridade que sabe olhar além da morte para que vença sempre a vida. Do valor deste gesto deveria estar bem consciente quem o recebe; ele é destinatário de um dom que vai além do benefício terapêutico. O que recebe, de facto, ainda antes de ser um órgão é um testemunho de amor que deve suscitar uma resposta de igual modo generosa, a fim de incrementar a cultura da doação e da gratuidade.
A via-mestra que deve ser seguida, enquanto a ciência não descobrir eventuais novas formas e mais progredidas de terapia, deverá ser a formação e a difusão de uma cultura da solidariedade que se abra a todos e não exclua ninguém. Uma medicina dos transplantes que corresponda a uma ética da doação exige da parte de todos o compromisso para investir qualquer esforço possível na formação e na informação, de modo a sensibilizar cada vez mais as consciências para uma problemática que diz respeito directamente à vida de tantas pessoas. Será portanto necessário evitar preconceitos e incompreensões, afastar desconfianças e receios para os substituir com certezas e garantias a fim de permitir o incremento em todos de uma consciência cada vez mais difundida do grande dom da vida.
Com estes sentimentos, ao desejar que cada um prossiga o próprio compromisso com a devida competência e profissionalidade, invoco a ajuda de Deus sobre os trabalhos do Congresso e concedo a todos de coração a minha Bênção.
FAMÍLIA: O noivado cristão
O noivado na Igreja católica não é uma tradição ou simples etapa na preparação da consagração do amor cristão de um homem e mulher, mas deve ser compreendido, vivido e assumido como um período importante de diálogo, de conhecimento, de partilha de vidas entre os noivos em vista de um planejamento consciente e responsável para a vida futura de casados. É um tempo forte de conhecimento mútuo, de oração, de discernimento e de abertura a nível pessoal e a dois diante de Deus, da Igreja e dos irmãos.
Casar-se na Igreja não é a decisão de um dia, ou a opção por um tempo determinado, mas é e deve ser uma opção de vida e para vida toda. Na vontade de Deus o homem e a mulher são chamados a viver segundo sua imagem e semelhança. São chamados a viverem e existirem em comunhão e partilha de vidas. A partir de Cristo o amor de um homem e de uma mulher vai além da atração, da realização e da complementação mútua. Torna-se pelos méritos da redenção de Cristo na ação do Espírito Santo em fonte de santificação e de salvação humano-divino, um grande bem não somente para os noivos, mas para a família e para toda a Igreja.
Costumo dizer que o verdadeiro casamento cristão começa na primeira piscada que os namorados se dão, amadurece através de um namoro responsável, se torna compromisso de partilha e de planejamento no tempo do noivado e se transforma em sacramento de vida, de salvação e de santificação no dia em que os noivos se consagram pelo amor mútuo diante de Deus e da Igreja gerando um compromisso de vida que somente terminará quando um dos dois falecer.
Hoje as pessoas se preparam para tudo, menos para casar-se. Não basta a atração, o ajustamento e planejamento a dois, uma profissão estável, a realização sexual em si, se requer antes de tudo a descoberta do verdadeiro valor e do sentido maior da vida humana como um bem que pertence a Deus antes de tudo.
Casar-se exige a consciência de que não se escolhe alguém para amar e nem apenas para que nos ame, casar-se exige um compromisso de assumir alguém diante de si, da comunidade e de Deus para o realizar como pessoa humana no tempo em vista de seu destino terreno.
O noivado cristão é e deve ser por excelência o tempo da evangelização dos que desejam consagrar seu amor como cristãos perante si, perante Deus e os irmãos. Sem um sólido conhecimento do que consiste viver o sacramento do amor cristão os noivos não possuirão o preparo necessário, e por isto mesmo, faltará a solidez de uma espiritualidade amadurecida para viver uma escolha livre de amor a dois, opção essa que é praticamente impossível de se viver sem o horizonte do olhar de Deus, de Cristo, dos Evangelhos e da comunhão com a Igreja de Cristo.
PROGRAMAÇÃO DA VISITA DAS RELÍQUIAS DE SÃO JOÃO BOSCO - 02/02 /2010
FICO PENSANDO...
AIDS e prevenção
Presidente da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família
Membro da Pontifícia Academia para a Vida
Consultor do Pontifício Conselho para a Família
Assistimos, hoje, nos meios de comunicação uma intensa propagada do preservativo para prevenir da AIDS. Trata-se porém de uma propaganda enganosa promovida por organizações e instituições internacionais interessadas no controle de população. O uso do preservativo (“camisinha”) leva à promiscuidade e à disseminação das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), principalmente entre os jovens. As pesquisas demonstram alto índice de falha do preservativo. Usado para evitar a gravidez a falha é de 15 a 25%, segundo dados obtidos. Sua falha é bem maior no que se refere a prevenção da AIDS. O espermatozóide humano é 450 vezes maior que o vírus HIV e a fissura do látex (poros), de que é feito o preservativo, é de 50 a 500 vezes maior que o tamanho do vírus(1).
Uma pesquisa realizada em 1989, em Seatle, EUA(2) chegou a conclusão de que não se pode dizer que o uso do preservativo é melhor do que nada para prevenir a AIDS. Depois de analisarem as várias fazes de produção, de armazenagem, de comercialização e uso da “camisinha” os pesquisadores chegaram à conclusão de que a prevenção da AIDS deveria ser orientada para o comportamento das pessoas. Além da possibilidade de o vírus HIV passar pelos “poros” do preservativo, este pode se romper ou se soltar durante o ato sexual. Além disso, nem sempre as pessoas usam adequadamente a “camisinha”. Há falha de uso e falha do material.
Em virtude disso e do alarmante aumento de doenças sexualmente transmissíveis, entre estas a AIDS, o Governo Americano está investindo 500 milhões de dólares em um programa para pregar a abstinência sexual e a castidade entre os jovens de suas escolas. Outros programas semelhantes, promovidos por entidades cristãs, naquele país, tem levado a centenas de adolescentes à “segunda castidade” nos chamados “clubes de castidade”. Jovens que tinham sexo livre passaram a ser castos até o casamento. O slogan do programa “Quem ama espera” serve de motivação para a formação desses grupos. Inicialmente eles fazem um exame completo de saúde, submetendo-se a um tratamento, se necessário. Depois solenemente fazem, perante seus colegas, um voto solene de guardar a castidade.
Muitos jovens são levados a ter relações sexuais por pressão de colegas ou de grupos. É preciso que o/ou a jovem saiba dizer não. Não quero ter relações sexuais até que me case. Prefiro esperar. Não tenho porque lhe dar explicações de não querer ter relações sexuais. Ainda não estou preparado(a) para ter relações sexuais. Não me pressione, decidi não ter relações sexuais. Se você é realmente meu amigo(a), respeite minha decisão. Muitos jovens inteligentes têm decidido não ter relações sexuais antes do casamento. Não é fácil, diante de tanta propaganda de sexo livre, mas é assim que acontece com várias coisas que valem a pena na vida. Se o jovem quer triunfar na vida, nos estudos, no trabalho, no esporte, no domínio de um instrumento musical, dever esforçar-se.
A ESCOLHA DO AMOR
Escolher a escola dos fihos. Escolher a mudança de emprego. Aos poucos as escolhas vão exigindo mais reflexão e o resultado da escolha vai ficando mais sério. Uma coisa é escolher a comida errada no cardápio e decidir que não vai pedir mais aquele prato. Outra coisa é perceber que casou com a pessoa errada. A escolha do casamento tem de ser mais demorada do que a do produto de uma prateleira em um supermercado.
Como somos imperfeitos, a dúvida sempre fará parte de nossas escolhas. E é diante da dúvida que amadurecemos. Pessoas que têm certezas absolutas erram mais e sofrem mais com isso.
A dúvida nos torna mais humildes, mais abertos ao diálogo. Nesses momentos é que percebemos nossa maturidade frente aos obstáculos. Os mais concretos ou os mais abstratos.
Neste início de ano, uma modesta sugestão:
Diante das dúvidas que surgirem, escolha o amor.
Diante de sentimentos mesquinhos, como a inveja, o ciúme, a vingança; escolha o amor. Antes de falar, pense. Mas pense com amor.
Antes de agredir, lembre-se de que o tempo da cicatriz é mais demorado do que o tempo do comedimento.
Antes de usar a palavra como instrumento de maldizer, lembre-se de que o silêncio é o grande amigo e de que, na dúvida, o outro deve receber a sua compaixão.
Diante do comodismo, da alienação, escolha o amor em ação. Assim fizeram os apóstolos, mesmo sabendo que seriam incompreendidos; assim fez Francisco de Assis quando ousou chamar a todos de irmãos; ou Dom Bosco com os jovens que só se aquietavam quando se sentiam amados. Assim fez Madre Tereza de Calcutá que fazia a escolha do amor diante de cada próximo que dela precisasse. Diante da boa dúvida, é bom pedir ajuda.
Para os irmãos e para Deus, a essência do Amor. Os desafios são muitos. É por isso que sozinho fica difícil. Como diz a canção: “Eu pensei que podia viver por mim mesmo. Eu pensei que as coisas do mundo não iriam me derrubar”.
E a oração continua e, com ela, nossa certeza: “Tudo é do Pai. Toda honra e toda glória. É Dele a vitória alcançada em minha vida”.
Que sejamos responsáveis em nossas escolhas simples ou mais complexas. Mais uma vez, com amor, tudo fica mais fácil e mais bonito!
Tragédia no Haiti. Ateus excitados e justificados.Será?
No texto “Deus e a terra”, ele afirma que “é justamente para combater a ideia de que o acaso (e com ele a ausência de propósito) está no comando que, suspeito, criamos a noção de Deus”.
O fato é que tragédias existem desde que o pecado entrou no mundo. Na verdade, o pecado é a verdadeira tragédia – o resto é consequência.
É verdade que inocentes morreram no Haiti, assim como morrem inocentes todos os dias, desde que nossos primeiros pais saíram pelos portões do Éden. É verdade que a boa doutora Zilda Arns morreu numa igreja, mas significa isso que Deus abandonou Sua filha em pleno serviço em prol dos desvalidos?
O apóstolo Paulo foi um dos gigantes da fé. Operou milagres e levou a mensagem de esperança a lugares distantes, sofrendo perseguição, espancamento e prisão em nome de Jesus. Depois de anos de trabalho e dedicação, Deus o enviou para Roma, a fim de que pregasse o evangelho na capital do Império. E foi lá que Paulo morreu decapitado. Deus não poderia tê-lo poupado da morte? Por que o enviou justamente para a cidade em que sua vida seria ceifada? O fato é que Deus não vê a morte como o ser humano a vê – ou melhor, como o ser humano sem Deus a vê.
Por isso Jó pôde declarar: “Embora Ele me mate, ainda assim esperarei nEle” (Jó 13:15, NVI). É esse o tipo de confiança que têm aqueles que convivem com o Criador e sabem que Ele existe, não porque os livra de todos os males terrestres, mas porque Se revela claramente para eles, fala com eles; é tão real quanto o amor que se sente, mas não pode ser visto nem tocado.
Segundo meu amigo de Portugal Felipe Reis, “se, segundo esse tipo de raciocínio [do Schwartsman], as tragédias demonstram que não existe Deus, o fato de milhares de pessoas desinteressadas se disponibilizarem para ajudar ao seu próximo com amor não deveria demonstrar que Ele existe?” E outro amigo, o Marco Antonio Dourado, de Curitiba, enviou um e-mail para o Schwartsman. Você pode lê-lo aqui:
“Bom dia, caro Hélio. Como de hábito, li sua coluna na Pensata de ontem, ‘Deus e a terra’, e me ocorreram algumas considerações que gostaria de compartilhar contigo.
“No tristemente célebre debate entre Rousseau e Voltaire acerca da existência de Deus, decorrente do problema religioso resultado do grande terremoto de Lisboa em 1755, devo adiantar que não lhe reconheço a validade. Rousseau, o castelão suiço cujo amor à humanidade e temor a Deus era demonstrado na contumácia com que abandonava em orfanatos os bastardos que trazia ao mundo, representa tão bem o teísmo quanto Hugo Chavez representa a democracia. Já Voltaire, coitado, conseguiu traduzir à perfeição o Iluminismo, do qual foi prócer: morreu suplicando por luz; eis aí o retrato mais bem acabado do chamado ‘Século das Luzes’.
“Essa dupla de fósseis insepultos costuma ser trazida à baila, geralmente por ateus, em épocas de grande comoção mundial em face de catástrofes naturais. É do jogo. Conforta-me que nessa hora os cristãos, pelo menos os cristãos de verdade, abandonam tais diatribes e partem em auxílio aos desgraçados (o que, aliás, muitos ateus, com a graça de Deus, também fazem). É por essas que neste momento nem me vem à mente o bestialógico otimista ‘Carta a respeito da Providência’,* de Jean-Jacques. Penso apenas em pessoas como Zilda Arns. O Amor, matéria-prima de Deus, não é uma emoção ou mesmo um sentimento; é um modo de ser. Dona Zilda, em sua vida e em sua morte, é prova inconteste dessa proposição. Sua estatura espiritual e moral recolhe os arrazoados oportunistas e estéreis à sua verdadeira dimensão: a irrelevância.
“Mas será que a discussão em si pertine? Certo que sim, mas não agora. Melhor em outra ocasião. Hoje, diante do horror em Haiti, devemos mais é externar por meio de atos aquilo de que, de fato, somos feitos. Alhures, de volta à normalidade possível, poderemos reencetar a questão filosófica. Nesse caso, devo adiantar que se nos for dado voz, que ao menos possamos escalar o nosso time – coisa que os ateus, tão prestimosos, tão desapegados, adoram fazer por nós. Como Rousseau não merece sequer ser gandula da partida, eu poderia evocar Heinrich Heine e seu comovente ato de fé renegando o virulento ateísmo que até então promovera. Melhor, no entanto, é apelar a Antony Flew, um dos mais cultuados e atuantes filósofos ateus do século 20. Compreendo que seu livro Um Ateu Garante: Deus Existe tenha feito com que os ateus militantes deixassem de lhe reconhecer a existência física, intelectual e moral. Isso não nos surpreende a nós, cristãos: ‘Mas a sabedoria é justificada por TODOS os seus filhos’ (Lucas 7:35).
“Não sei quem os ateus elegeriam para contestá-lo. Richard Dawkins, aquele gigolô da dissonância cognitiva alheia? Não, meus irmãos ateus! Por tudo o que é sagrado, não! Não me façam sentir por vocês a vergonha que são incapazes de sentir por si mesmos.
“Por falar em dissonância cognitiva, uma excelente recomendação de leitura: A Prova Evidente, de Gershon Robinson e Mordechai Steinman. Leitura rápida, simples e deliciosa, que analisa esse fenômeno. Resumindo:
“Dissonância cognitiva é um artifício psíquico subliminar destinado a proteger o indivíduo de informações que lhe tragam desconforto mental. Ela costuma ocorrer com qualquer um de nós, e pode nos levar a ignorar teses e teorias complicadas, que nos façam sentir ‘burrinhos’. Procura também evitar a ruína daqueles nossos imensos e arraigados investimentos intelectuais, ruína que depauperaria nosso vasto patrimônio de certezas acalentadas. Os mecanismos da dissonância cognitiva podem guindar a informação indesejada à áreas da memória pouco acessadas, uma espécie de aterro sanitário da nossa mente. Podem também provocar uma reação física visivelmente manifesta: impaciência, irritação, cinismo, fleuma afetada, antipatia pela fonte da informação e até, em casos extremos, levar à distimia crônica.
“Penso que antes de qualquer debate, especialmente os de natureza ‘Deus existe?’, cada pessoa, ateia ou teísta, deveria dar uma boa lida na obra desses dois autores judeus e submeter-se a um exame de consciência. Seria como um purgante mental para nos livrar de preconceitos até então inegociáveis. Só assim o diálogo prosperaria em direção à luz que faltou a François-Marie Arouet em sua última hora.”
(*) Sobre o tal otimismo aventado por Rousseau, nunca, jamais deixarei de citar o escritor católico George Bernanos, que formulou um aforismo feito sob medida para, entre muitos, o autor de O Contrato Social: “O otimismo é uma falsa esperança para uso dos frouxos e imbecis. A verdadeira esperança é uma qualidade, uma determinação heróica da alma. E a mais elevada forma de esperança é o desespero superado.”
Michelson Borges
CNBB divulga discurso que Zilda Arns faria no Haiti
Assessora pessoal informou a morte de Zilda De acordo com a CNBB, a morte de Zilda foi informada por sua assessora pessoal, a freira Rosângela Altoé, em um telefonema. "Eu estou bem, sã e salva, mas perdemos a doutora Zilda, disse.
Rosângela disse à Pastoral da Criança que estava a poucos metros deZilda Arns, quando houve o terremoto. "Felizmente ela sofreu apenas arranhões. Ela disse que ia atravessar a rua quando houve o desmoronamento, vitimando de imediato a doutora Zilda e o tenente do exército que as acompanhavam", afirmou. Rosângela é prima da atual coordenadora nacional da Pastoral da Criança, irmã Vera Lúcia Altoé.
A CNBB também divulgou nota sobre a morte da fundadora da PAastoral da Criança, confira:
Nota da CNBB pela morte da Drª Zilda Arns A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB - recebeu, com dor profunda, a notícia da morte da Drª Zilda Arns, médica pediatra, fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, ocorrida na terça-feira, 12 de janeiro, vítima do trágico terremoto que se abateu sobre o Haiti.
Drª Zilda devotou-se, com amor apaixonado, à defesa da vida, da família e, de modo muito especial, ao cuidado das crianças empobrecidas.
Cidadã atuante, Drª Zilda conquistou respeito e credibilidade junto à sociedade brasileira e internacional, por suas posições claras e firmes em favor de políticas sociais, especialmente as da saúde. Foi ainda uma das sanitaristas mais respeitadas e comprometidas com o movimento da reforma sanitária brasileira, que culminou com a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).
A obra fundada por ela, inspirada na fé cristã, haverá de continuar no trabalho abnegado dos mais de 260 mil líderes que, cotidianamente, se dedicam à causa da criança e da pessoa idosa.
Em missão no Haiti, a convite da Conferência dos Religiosos e de autoridades civis daquele país, Drª Zilda se despediu, no pleno exercício da causa em que sempre acreditou. Ela buscou realizar na prática a missão de Jesus: ”Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
A CNBB agradece a Deus por ter tido, em seus quadros, esta personalidade tão virtuosa que muito dignificou a Igreja no Brasil. A CNBB se une ao querido Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, irmão da Drª Zilda, aos outros irmãos, filhos, netos, demais familiares e amigos, na prece solidária e na certeza de que a ela será dado gozar as alegrias eternas, reservadas para todos que, nesta vida, souberam amar a Deus servindo os irmãos.
Brasília-DF, 13 de Janeiro de 2010
Dom Geraldo Lyrio Rocha Arcebispo de Mariana Presidente da CNBB
MENOR QUE MEU SONHO EU NÃO POSSO SER!
Big Brother 10.Como cristão, convém assistir e dá audiência?
+ Uma das chaves desta edição foi dada explicitamente por Pedro Bial: “Este BBB tem um novo alfabeto. ABCDEF GLS…” Uma das participantes depois reforçou: “Este é o BBB da diversidade”. Por fim, a animação de Maurício Ricardo mostrou três robozinhos, um deles gay. A direção do programa selecionou um gay, uma lésbica e uma drag queen, todos assumidos – o que demonstra que as questões de gênero sexual terão papel predominante desta vez.
+ A ideia de uma vida dupla é reincidente entre os participantes – muito além da duplicidade inerente aos brothers GLS. Há uma doutora em lingüística que vira perua baladeira, uma policial que solta a franga na praia, um engenheiro agrônomo que foi modelo, um advogado que treina boxe e assim por diante.
+ Como se vê, a “segunda vida” dos participantes está ligada em geral ao corpo. Muitos ganham a vida com atividades físicas: um dançarino, uma dançarina de boate, um personal trainer e assim por diante. Esta parece ser também uma das edições mais homogêneas em termos corporais/hormonais, com uma maioria absoluta de corpos esculpidos, quando não marombados. Pela minha lembrança, havia mais exceções em edições anteriores, como Cida ou Jean, por exemplo.
+ É cedo para dizer, tudo pode mudar nas próximas semanas, mas o “casting” da edição me pareceu bastante inspirado, com vários participantes de personalidade forte. E já deu para identificar claramente uma barraqueira, a jornalista lésbica, que deu uma enquadrada forte e desnecessária, logo no primeiro programa, na dançarina de boate .
Ricardo Calil, critico de cinema.
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S. Paulo, com muita sabedoria nos disse: ” Tudo nos é lícito mas nem tudo nos convém, tudo nos é permitido mas nem tudo nos edifica”. (I Cor 10,23)
Convém perdermos o nosso precioso tempo dando audiência a um programa cujo conceito é francamente anti evangélico em toda sua proposta de estimular com que o pior das pessoas venham à tona e seja objeto de observação 24 horas por dia, pela TV ou internet ?
Sei que tem coisa aproveitável na TV, outras, no entanto, não acrescentam nada na vida da gente.
Aliás de houver algum acréscimo, esse será na conta bancária do vencedor e na emissora que ganha milhões às custas da curiosidade mórbida das pessoas que tem ânimo para assistir o manjado grande irmão- que de grande só tem os intereses financeiros envolvidos dentro da turma escolhida e na audiência ávida por alguma coisa que ofereça mais sentido para suas vidas.
Aborto ficará fora da pauta do Congresso em 2010
Genoíno: deputado admite que não haverá clima para aprovar seu projeto que descriminalizar o aborto
Discussão recorrente na Câmara e Senado, a proposta de descriminalização do aborto ficará fora de debate no Congresso neste ano. A aproximação do calendário eleitoral fez os parlamentares sinalizarem o recuo do tema, considerado espinhoso e delicado aos futuros candidatos. Dos 19 projetos em tramitação nas duas Casas sobre aborto, não há qualquer previsão de votações em plenário ou comissões. A maior parte dos autores e relatores já antecipou que, se depender deles, as matérias ficarão engavetadas.
É o caso do deputado José Genoíno (PT-SP). No início do ano passado, o petista protocolou na secretaria-geral da Mesa Diretora um recurso para que o projeto de lei 1135/91, que foi derrotado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e prevê a descriminalização do aborto, seja apreciado pelo plenário. Na justificativa, o petista usou o regimento interno, e alegou que a matéria não poderia ser sumariamente arquivada, uma vez que contava com outros projetos apensados.
Procurado pela reportagem, Genoíno apresentou uma argumentação mais cautelosa e amena sobre o assunto. Segundo ele, não haverá “clima” para discussão neste ano e a falta de interesse dos colegas deverá dificultar ainda mais a apreciação em plenário. “Ainda há muito conservadorismo quando se discute o aborto. Em ano eleitoral, o cenário fica ainda mais complicado. Certamente será mais conveniente e fácil construir um acordo em outro momento”, disse o parlamentar.
Genoíno recolheu 67 assinaturas para protocolar o recurso na Mesa Diretora. Segundo interlocutores, vários parlamentares manifestaram a intenção em retirar as assinaturas após tomar conhecimento de que a votação para a apreciação é nominal. O risco de chocar com o eleitorado em plano eleitoral fez os deputados confirmarem a posição de recuo sobre a discussão da descriminalização do aborto.
“Bolsa estupro”
Representante da ala contrária à descriminalização do aborto, o deputado Henrique Afonso (PV-AC) também deixa claro a preferência em adiar as discussões sobre o tema durante 2010. O parlamentar é co-autor do projeto 1763/2007, que está parado na Comissão de Seguridade Social e prevê a criação de uma ajuda financeira de um salário mínimo para a criança gerada a partir de um estupro, até os 18 anos, caso a mãe decida ir adiante da gravidez.
A proposta sofreu duras críticas, entre elas do deputado Genoíno. Mesmo com o clima de debate e enfrentamento, Henrique Afonso é taxativo e também defende que o projeto volte à discussão num momento mais oportuno. O deputado também faz menção direta ao calendário eleitoral “Acho que antes de entrar na pauta de votação seja preciso realizar pelo menos duas audiências públicas. Mas o ano eleitoral deverá dificultar o calendário da câmara. Não tenho expectativas que a proposta volta a tramitar antes disso”, argumenta.
O relator do projeto também vê atrasos para a discussão do projeto ainda neste ano. José Linhares (PP-CE), que não chegou a apresentar o parecer sobre a matéria, alegou que com a alteração da presidência da Comissão, prevista para a retomada dos trabalhos legislativos, o projeto poderá continuar engavetado. Entretanto, ele não manifestou a intenção em permanecer na relatoria. “Tudo vai depender da decisão da nova presidência. E obviamente, das prioridades da comissão. Ainda não há consenso para colocar o projeto em pauta”, disse o relator da matéria.
Consulta parlamentar
Embora relatores e autores de projetos relativos ao aborto manifestem abertamente a preferência em adiar a discussão sobre o tema em 2010, o confronto de opiniões no Congresso demonstra que a maior parte dos deputados e senadores é contrária à descriminalização do aborto no país.
De acordo com a pesquisa encomendada pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), mais da metade dos parlamentares entrevistados são contrários a qualquer mudança na legislação do aborto. O levantamento, publicado no fim do ano passado, mostra ainda que 57% dos congressistas é contrário a qualquer tentativa de mudança na lei para permitir a interrupção da gravidez.
Segundo a pesquisa, 15% dos parlamentares rejeitam a prática do aborto em qualquer situação, inclusive estupro ou risco de morte para a mãe ou o feto. Apenas 1% acha que a legislação deve ser ampliada, de maneira que a interrupção voluntária de gravidez seja permitida em determinados casos. Já aqueles que apoiam a ampliação irrestrita da lei são 18%, enquanto 8% não souberam opinar.
Fonte: Congresso em Foco.